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Estoque no e-commerce: desafios e soluções para uma gestão eficiente

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Ninguém parece duvidar que o estoque é o “pulmão” do varejo, seja ele físico ou online.

Isso porque é dele que saem as mercadorias que deverão preencher gôndolas e prateleiras ou para serem entregues ao consumidor final.

Dessa forma, a gestão de estoque é um assunto a ser tratado com máxima seriedade.

Estoque mal gerenciado é sinônimo de problemas que podem afetar toda a organização da empresa.

O principal ponto é a satisfação do consumidor: a falta de conhecimento sobre o estoque pode gerar atrasos de envio, quebrando a expectativa de quem irá receber.

Você não precisa passar por isso para saber como controlar melhor as mercadorias em seu inventário, certo?

Então, para ter os melhores resultados em seu e-commerce, comece lendo este conteúdo, em que vamos detalhar práticas que vão ajudar você a ter melhores resultados.

O que é estoque e seu papel nas vendas online

Estoque é todo espaço físico destinado ao armazenamento de itens para posterior entrega.

Trata-se de um elemento vital para o sucesso de empresas que atuam no varejo ou no atacado, já que é a partir dele que as vendas acontecem.

A importância da gestão de estoque no e-commerce

Um estudo (em inglês) da IHL mostra que, em todo o mundo, problemas nos estoques geram um prejuízo anual estimado em US$1,1 trilhão (cerca de R$5,72 trilhões).

É como se todo o PIB australiano escoasse ralo abaixo, apenas porque os gestores não souberam se planejar.

Ninguém entra em um negócio para perder dinheiro, muito menos em razão de um setor que deveria ser fonte de receitas, não de prejuízo.

Sendo assim, para evitar que isso aconteça, o melhor a se fazer é gerir todos os seus processos, atividades e rotinas.

Tipos de estoque no comércio eletrônico

No e-commerce, a relação dos gestores do negócio com os estoques é um pouco diferente.

Afinal, a loja não está fisicamente ligada aos seus armazéns, como acontece no varejo físico.

Dessa forma, existem três tipos de estoque utilizados, cada um com suas características, sendo indicados conforme o tipo de e-commerce e outros fatores. 

Veja a seguir.

Terceirizado

Pode parecer estranha a ideia de um estoque terceirizado, mas o modelo existe e é um dos mais utilizados pelos que estão à frente de e-commerces.

Nesse caso, as modalidades de cross docking e dropshipping são as duas formas conhecidas.

Na primeira, a loja se responsabiliza diretamente pela entrega depois de receber uma mercadoria do seu fornecedor.

Já no dropshipping, é o próprio fornecedor quem cuida da entrega, cabendo ao lojista virtual intermediar essa ligação.

Descentralizado

Imagine que o seu e-commerce trabalha com entregas para o Brasil inteiro.

Seria inviável realizá-las em tempo hábil se a empresa dependesse de apenas um ou dois estoques, concorda?

Para eliminar esse entrave, há e-commerces que trabalham com a modalidade de estoque descentralizado, em que diversos centros de distribuição podem ser acionados.

Também é possível trabalhar com vários armazéns em uma mesma região, otimizando ainda mais a logística de entregas.

Compartilhado

Já no estoque compartilhado, um único espaço de armazenamento pode servir para mais de uma loja.

É uma alternativa para quem gerencia lojas físicas e online, as quais podem ter seus produtos inventariados em um mesmo armazém.

Para quem busca redução de custos, o estoque compartilhado surge como uma boa oportunidade.

No entanto, essa é uma opção que pode ser mais complexa de gerir, principalmente se mais de duas lojas dividirem o mesmo local.

6 métodos de controle de estoque no e-commerce

Quanto maior o fluxo de clientes, maior o fluxo de mercadorias.

Esse é um princípio básico do last mile que não pode ser esquecido.

Mais produtos em circulação exigem atenção redobrada para aspectos como atualização de inventário, picking, packaging e outras rotinas comuns em depósitos e armazéns.

É para dar conta delas que existem os métodos de controle de estoque, mais ou menos adequados dependendo dos recursos disponíveis, nível de automação e pessoas.

Vamos conhecê-los melhor, então?

FEFO

FEFO é o acrônimo para o termo em inglês “first expire, first out”.

Ou seja, por esse método de gestão de estoque, têm prioridade para sair as mercadorias mais próximas de terem sua validade expirada.

Logicamente, é um modelo mais indicado para quem trabalha com produtos perecíveis, especialmente alimentos, remédios e cosméticos, entre outros.

Além disso, o giro de estoque no método FEFO é mais rápido e dinâmico que nos demais, por isso os produtos não possuem uma variação de preços significativa por motivações externas, como a inflação.

Curva ABC

Pelo método da Curva ABC, o estoque é gerenciado a partir de três pilares de sustentação: a lucratividade, giro e faturamento.

Segundo o autor da metodologia, a curva ABC tem como objetivo separar os itens de maior importância ou impacto, os quais são normalmente em menor número. 

Os itens são classificados como (Carvalho, 2002, p. 227):

  • de Classe A: de maior importância, valor ou quantidade, correspondendo a 20% do total – podem ser itens do estoque com uma demanda de 65% num dado período;
  • de Classe B: com importância, quantidade ou valor intermediário, correspondendo a 30% do total – podem ser itens do estoque com uma demanda de 25% num dado período;
  • de Classe C: de menor importância, valor ou quantidade, correspondendo a 50% do total – podem ser itens do estoque com uma demanda de 10% num dado período.

Esses números podem variar conforme o negócio, por isso devem ser considerados como parâmetro, não uma regra fixa.

LIFO (UEPS)

Do inglês “last in, first out”, consiste no método em que o último a entrar é o primeiro a sair.

Nessa modalidade, o produto mais recente a entrar em estoque é despachado primeiro.

Isso serve para garantir a rotatividade de produtos com prazos de validade mais longos e equilibrar o fluxo de armazenagem.

Esse método é indicado para produtos não perecíveis, que possuem mais resistência ao tempo.

Custo médio

Conhecido também como Média Ponderada Móvel, nesse modelo de gestão de estoque são renovados os valores estocados sempre que novos itens são adicionados pelo cálculo da média ponderada.

FIFO (PEPS)

Método oposto ao LIFO: a primeira mercadoria a entrar é a primeira a ser despachada para os consumidores. 

Na prática, se o armazém recebe dois lotes de um mesmo produto, o que deve ser priorizado quando houver um pedido de um consumidor é o primeiro que chegou, por estar a mais tempo dentro do estoque.

Além de controle de qualidade, o FIFO evita desperdícios, como o envio de mercadorias fora do prazo de validade.

Com ele, o custo da mercadoria vendida e o do estoque restante tendem a ser equivalentes.

Just in time

Já o modelo just in time procura reduzir a demanda por espaço de armazenamento.

Por ele, o estoque deve ser mantido no menor nível possível para atender à demanda do e-commerce.

Qual método de gestão de estoque é o ideal?

A resposta para essa pergunta é simples: o melhor método é aquele que faz mais sentido para o seu negócio.

Como vimos, quando se trata de alimentos perecíveis, por exemplo, que o giro de estoque é alto, o método FEFO é o mais indicado.

Por outro lado, para produtos que não possuem uma data de validade, como roupas e celulares, o indicado é o LIFO. 

Vale lembrar que é necessário sempre trabalhar com uma margem de segurança para períodos de aumento de vendas, como a Black Friday.

Como fazer controle de estoque em lojas virtuais

Claro que depois de conhecer tantos métodos de gestão você deve estar interessado em saber dicas para controlar melhor seus estoques ao vender online.

Confira a seguir!

Limite o seu inventário

Em certos casos, é melhor limitar a quantidade de itens em inventário a poucos modelos, de forma a garantir que haja um bom estoque disponível.

Essa é uma dica válida principalmente para quem está começando e que ainda não tem tanta experiência em gerir estoques ou ferramentas de controle mais avançadas.

Prepare-se para repor mercadorias

Com base nos métodos de controle que vimos anteriormente, não deixe de implementar rotinas de reposição de mercadorias. 

Assim, não faltarão produtos e você terá sempre condições de expandir.

Mantenha a organização

Não deixe, ainda, de registrar todas as entradas e saídas do estoque.

Para isso, você pode:

  • Classificar produtos por tamanho, cor, modelo, etc.
  • Estipular quantidades mínimas e máximas para cada mercadoria
  • Fazer um cadastro de produtos com códigos
  • Realizar inventários periódicos.

Sincronize vendas, compras e estoque

Vale também investir em sistemas que sincronizem e alinhem as operações dos setores de compras, vendas e estoque, de modo que ninguém seja pego de surpresa.

Nesse caso, pode ser que um ERP seja a melhor solução ou, na falta de um, uma API que integre diferentes sistemas também pode ajudar.

Escolha os fornecedores a dedo

Não existe estoque sem fornecedores capazes de abastecê-lo em tempo hábil. 

Ao analisar o mercado, procure conhecer de que forma cada um deles trabalha, seus métodos de entrega, de pagamento e horários de atendimento.

Planeje as compras

Igualmente importante é alinhar a rotina de compras de produtos conforme o giro do estoque.

Assim sendo, elas precisam ser feitas no mesmo ritmo em que as mercadorias saem de suas gôndolas por meio de planejamentos semanais e mensais.

Desafios da gestão de estoques no e-commerce

Por estar localizados na última milha da cadeia logística, os estoques dos e-commerces apresentam desafios peculiares.

O ponto crítico, nesse caso, é dar conta das entregas ao mesmo tempo em que se mantém a capacidade de receber, estocar e despachar mercadorias com agilidade.

Outro desafio é gerir as equipes envolvidas, não só nas rotinas nos armazéns, como nos setores de compras, marketing e vendas.

É por essa razão que é altamente recomendável adotar softwares que ajudem a automatizar tarefas repetitivas.

Por falar em tecnologia, quem vende online precisa estar atento a aspectos como experiência de compra, usabilidade e facilidade de navegação em dispositivos móveis.

Não menos importante, outro desafio para quem comanda um e-commerce é cuidar do marketing digital por meio de redes sociais, anúncios e conteúdos otimizados para busca.

Use a tecnologia como solução em estoque e logística

O seu e-commerce pode superar todos os desafios destacados acima com muito mais facilidade ao aderir ao modelo de pick up points, ou pontos de retirada.

Também conhecido como PUDO (pick up & drop off), por ele sua loja online faz parceria com estabelecimentos comerciais para fazer entregas.

Funciona desse jeito: seu cliente faz a compra e, ao fazer o checkout, escolhe por receber o produto em um ponto cadastrado.

Ou seja, em vez de entregar na casa de cada cliente, você pode deixar suas mercadorias aos cuidados de lojistas que se encarregam de repassá-las ao consumidor final.

Você pode aproveitar as vantagens desse modelo de entregas com a ajuda da Pegaki, que simplifica a logística com pontos de coleta e retirada.

Com nossa tecnologia omnichannel, tornamos a logística mais eficiente ao conectar transportadoras, centros de distribuição e pontos de consolidação.

Seja você um parceiro e ganhe mais eficiência em suas entregas!

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